sábado, 28 de novembro de 2009

CAED - PROJETO INTERDISCIPLINAR







GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
CAED-UFJF
GESTÃO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
GESTÃO DO CURRÍCULO NA ESCOLA








PROJETO INTERDISCIPLINAR
Melhor aproveitamento de materiais recicláveis EEFM Irmão Urbano Gonzalez Rodriguez.







Autor: José Aldeci de Lima Silva






FORTALEZA
Novembro/ 2009














1. TÍTULO
Melhor aproveitamento de materiais recicláveis na EEFM Irmão Urbano Gonzalez Rodriguez



2. JUSTIFICATIVA

A relação materiais/ambiente é tão antiga quanto o próprio homem. Ao trabalhar restos de animais para fabricar ferramentas e pedras e gravetos para produzir o fogo, desde os primórdios o homem já começava a manipular os materiais de que dispunha, catando-os no próprio ambiente em que vivia.
No início os materiais não influenciavam no ambiente assim como este não afetava os materiais.
Adaptando-se atualmente ao avanço econômico e tecnológico, a humanidade se depara com um problema que afeta a todos. Trata-se da produção excessiva de resíduos sólidos gerados diariamente em nosso planeta, além do destino inadequado.
O acúmulo de resíduos sólidos gerados diariamente em nosso planeta, além do destino final incorreto, prejudica o meio ambiente e acarreta doenças que muitas vezes podem levar o indivíduo á morte.
O consumo exagerado é realidade em todos os lugares do mundo. A coleta seletiva de materiais aliada à reciclagem produzem importantes ganhos econômicos e ambientais. A reciclagem surge como uma alternativa de destinação de parte dos resíduos sólidos. Ela permite o reaproveitamento dos resíduos como matéria-prima, reincorporando-os ao processo produtivo e reduzindo o seu impacto ambiental.
A reciclagem não é somente uma questão de recuperar material reciclável, ela é uma atividade econômica e geradora de emprego a uma parte da população que tira seu sustento de um bem sem dono, o lixo. Essa população inclui sucateiros, caminhoneiros, donos de empresas de reciclagem e os catadores.
Reciclar materiais, sobretudo resíduos sólidos é uma perspectiva de negócio com tendência ao crescimento e a consolidação, a reciclagem pode tornar-se uma realidade econômica.
A transformação do lixo em algo utilizável, além de agregar valor a algo teoricamente imprestável permite á geração de novos empregos.
Todos os dias ocorre desperdício de materiais que ao serem misturados com outros resíduos em especial os orgânicos não podem ser reaproveitados comprometendo o orçamento das pessoas que dependem desse lixo e sobrecarregando cada vez mais os recursos naturais
Por meio desse projeto a ser realizado dentro dos terminais de ônibus em Fortaleza será exposto o desperdício diário de materiais que poderiam vir á beneficiar não somente o meio ambiente mas também catadores que dependem economicamente desses matérias.





3 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA


Consumir e descartar são duas atividades tão intimamente ligadas que poderiam se constituir em apenas um termo. Desde sempre o homem, e de resto qualquer ser vivo, joga fora tudo aquilo que não serve mais após ser consumido ou usado. Em sociedades mais organizadas, os restos de um grupo de componentes é reaproveitado por outro grupo e assim sucessivamente.
O advento de materiais e produtos não-degradáveis ou não assimilados pelo ambiente, originou uma grande quantidade de lixo produzida diariamente pelas pessoas, os lixões, aterros sanitários ou o lixo espalhado pelas vias urbanas e a incineração ao ar livre .

È preciso que se enfatizem a importância e a necessidade de todos os indivíduos, como atores sociais, possuírem uma macrovisão dos problemas socioambientais da sociedade global em que estão inseridos, a fim de poderem, dentro de suas realidades e funções, desenvolver e implementar ações mais concientes e direcionadas á solução de problemas socioambientais – e assim contribuir para a consolidação de um futuro mais promissor. (CAMARGO, 2003, p.16).

Diante de um problema tão grave, que é o que fazer com tanto lixo. Torna-se necessário haver um trabalho de Educação Ambiental com enfoque na Coleta Seletiva e melhor aproveitamento de materiais, dentro da EEFM Irmão Urbano Gonzalez Rodriguez
, trabalhando diretamente com as pessoas produtoras de lixo no ambiente escolar como alunos, professores, funcionários e frequentadores/visitantes.















4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral
Mostrar que a coleta seletiva é mais vantajosa em termos de conveniência e de um aproveitamento maior de materiais , na medida em que a comunidade participa do processo de reciclagem.

4.2 Objetivos Específicos
• Incentivar á comunidade escolar á utilizar as lixeiras ,de forma conveniente: papeis no recipiente para papeis, vidros no recipiente para vidros e assim por diante:
• Analisar o tamanho e o tipo dos recipientes de coleta;
• Identificar a freqüência da coleta e o destino do lixo coletado
• Educar professores, alunos e funcionários que participam ativamente de atividades ligadas a escola.
• Fazer com que as pessoas que fazem parte da comunidade escolar sejam multiplicadores nas suas respectivas famílias e comunidades.

5. DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Biologia, Geografia, Química, Matemática, História, Artes, Língua Portuguesa, Filosofia e Física.

















6. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO


De 1990 a 1997, só nos EUA, a indústria da reciclagem cresceu sempre acima de 10% ao ano. Para um crescimento de 27% na produção de resíduos sólidos neste mesmo período, o percentual de reciclagem destes resíduos cresceu 67%. Não pode-se negar que a moda do politicamente correto, mais precisamente do ecologicamente correto, contribuiu em muito para o progresso da industria da reciclagem.( NAVARRO,2001,p. 138)



Embora a questão ambiental não possa ser descartada, nos países emergentes a reciclagem tem maior significado na geração de emprego e renda e na economia de recursos relacionados com o gasto com combustíveis nem sempre abundantes nestes países. Sendo assim é preciso voltar ao tema da geração de emprego e competitividade industrial. Os dados previamente apresentados, sobretudo os relacionados com a economia de energia, sugerem que a reciclagem, de fato, é uma alternativa tecnológica e econômica para economias emergentes. Sob este ponto de vista, o manejo adequado de resíduos sólidos apresenta-se como uma alternativa viável para a produção de bens de consumo mais acessíveis ao grande público. (NAVARRO,2001,p. 138).


Gore revela: “Precisamos compreender a importância econômica de um meio ambiente saudável, que represente uma espécie de infra-estrutura para apoiar a produtividade futura” (1993, p.216).


Ao contrário de qualquer outro organismo, o ser humano vive, para o bem ou para o mal, em dois ambientes: um ambiente físico e um ambiente simbólico, imaterial, cultural, que é o produto de sua própria atividade. (SACHS,2007)













7. BIBLIOGRAFIA
CAMPOS, R. Proposta de sistematização e reavaliação do processo de gerenciamento de serviços de coleta seletiva de resíduos sólidos domiciliares. Dissertação. São Carlos, 1994.
Coleta Seletiva: desafio para as cidades, In: Informe-se, Informativo do CTC da UFSC, mar/abr de 1994.
FLOR, Aida Maria Abrantes & SILVA, Monica Maria Pereira da & LEITE, Valderi Duarte. Caracterização de resíduos sólidos em uma escola pública municipal da cidade de Campina Grande – PB. In Anais do 21ª Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2001.

Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Industriais ceará SEMACE Fortaleza abril 2004.105p.

IPT, CEMPRE, Lixo Municipal. Manual de Gerenciamento Integrado, São Paulo: IPT, 1995 .
LUIS,Rafael. Outro destino para o lixo. Jornal O Povo 18.04.2007

NAVARRO, F.R., Materiais e Ambiente,Editora da UFP, João Pessoa,2001. 180p.

Projeto Bra/92/017 Gestão e tecnologias de tratamento de resíduos modelos de gestão de resíduos sólidos para á ação governamental na região metropolitana de São Paulo: Aspectos institucionais,legais e financeiros. 159p.

Rohen, Ana Cristina Ribeiro. Enchendo e esvaziando lona para sobreviver: o cotidiano de catadores de lixo. Rio de Janeiro: PUC-Rio,2004. 117p. Dissertação (mestrado) orientador:Sebastiana Rodrigues de Brito. Departamento de Serviço Social

ROLIM,Aline Marques. A reciclagem de Resíduos Plásticos Pós-consumo em Oito Empresas do Rio Grande do Sul. Dissertação (Mestrado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul,2000, 142p.

domingo, 19 de julho de 2009

ECONOMIA NO NORDESTE

A regra de ouro e o supernordeste

Ana Cristina Cavalcante - jornal O Povo-18/07/2009

CENÁRIO

O que é preciso para fazer uma economia funcionar? Dinheiro circulando é a resposta rápida para essa questão original do funcionamento dos mercados. Pode-se dizer que é a regra de ouro do manual keynesiano* que tem sido aplicado no Brasil nos últimos anos, por meio da transferência de renda e do fomento. São programas como o Bolsa Família, o Pronaf, de agricultura familiar e o microcrédito. O PAC , cuja pretensão é dar velocidade ao crescimento do País com investimentos maciços, também está no rol dessas iniciativas que buscam fazer a roda girar.

> Especificamente no Nordeste, os efeitos da indução do crescimento econômico podem ser sentidos na mudança do perfil da população, antes excluída de qualquer forma de consumo - inclusive o atendimento de suas necessidades básicas. É na microeconomia que se vê os resultados desta intervenção.

> Estão lá... Na mãe que pode comprar o material escolar de seu filho que, agora vai (e fica) à escola; no trabalhador rural que tem mais recursos para preparar a sua plantação; no merceeiro que diversifica os produtos que vende na comunidade; e nos assalariados que recebem o seu pagamento pelo emprego recém-conquistado.

> É um círculo virtuoso que se realimenta a cada giro que completa. E isso pode ser comprovado com números. Uma pesquisa do Etene, do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), apontou que os R$ 23 bilhões investidos no Bolsa Família, entre 2003 e 2008, renderam R$ 17 bilhões em arrecadação de tributos. O impacto se deu também sobre os salários: R$ 8,9 bilhões a mais pagos a 1,8 milhão de pessoas, empregadas em decorrência da circulação desses recursos no consumo de bens e serviços de seis milhões de nordestinos, antes à margem do mercado.

> Outro exemplo é o Pronaf. De acordo com os dados do Etene, o programa registrou mais de R$ 8 bilhões em aplicações no Nordeste. Os recursos renderam R$ 3,6 bilhões em impostos, R$ 3,4 bilhões em salários pagos e R$ 13,8 bilhões em aumento da produção. Com a injeção de ânimo (leia-se o tal do dinheiro circulando, da regra de ouro), o Nordeste mostra a quem ainda não tinha percebido que é dono de um pujante mercado consumidor, com média de crescimento maior que a do resto do País.

> E aí está outra lição de Keynes que o Brasil aprendeu muito bem: o fortalecimento do mercado interno. “No Nordeste foi onde se observou, nos últimos anos, a maior migração de pessoas da classe D para a classe C, caminho natural de um país continental como o Brasil, que é a expansão do seu mercado doméstico”, defendeu o deputado federal, José Nobre Guimarães, ao apresentar os números do Etene. E é ele quem arremata: “O Nordeste não é mais o coitadinho. É uma fronteira de possibilidades para o desenvolvimento do Brasil”.

* Política Keynesiana é a baseada no pensamento econômico de John Maynard Keynes, que pregou a participação efetiva do Estado na recuperação de economias estagnadas ou em recessão, por meio da injeção de renda via criação de frentes de trabalho remunerado.

domingo, 5 de julho de 2009

ECONOMIA E ECOLOGIA

Troque o seu carro por uma bicicleta
Ana Cristina Cavalcante Jornal O Povo 04/07/2009

CENÁRIO
Fortaleza foi uma das cidades brasileiras que mais venderam carros em junho. Mais de 5 mil. Ótimo? Sim e não. Sim, porque é um sinal claro de que o poder de compra das pessoas resistiu à crise - seus poucos efeitos práticos e seu inúmeros efeitos psicológicos. Se o fortalezense está indo às concessionárias para comprar carro novo, é porque suas finanças vão bem. O desempenho do varejo é sinal claro disso; e o segmento de bens duráveis mais ainda. A confiança do consumidor local, se é que tinha ido embora, voltou. Vista por esse ângulo, a repercussão do recorde dos veículos é incontestavelmente boa.
> Como tudo tem três lados, vale ponderar sobre a mais famosa lei da física a aplicá-la neste caso. Diz Einstein: para toda ação há sempre uma reação. As consequências de mais 5 mil carros circulando pelas ruas de uma cidade que já não dá conta do seu meio milhão de veículos - mais precisamente 590 mil de um total de 1,12 milhão em todo o Estado). O primeiro desses reflexos a vir à mente é o trânsito - com congestionamentos, onde antes o fluxo era livre ,e muito mais tempo perdido nas filas que se formam nas avenidas de Fortaleza.
> O tráfego difícil é, sim, um efeito da quantidade de carros deste 2009 passando por corredores construídos nos anos 70, 80 e 90 do século passado. A cidade não foi planejada para receber tantos automóveis. Não comporta. Mas, o grande problema desse excesso está na fumacinha que os motores deixam no ar da Capital. Não esqueçam, caros leitores, que o tempo de poluir já está esgotado. Vivemos uma época de corrigir, a toque de caixa, os erros do passado. E, certamente, não será colocando mais carros nas ruas que vamos contribuir para transformar a realidade do aquecimento global.
> A Coluna trouxe o assunto à tona não como forma de ver o lado ruim de um dado positivo da economia. A intenção, aqui, é fazer uma reflexão sobre os caminhos que podemos escolher para melhorar o mundo em que vivemos. Que a indústria se desenvolva; que os governos criem mecanismos de incentivo ao setor produtivo, sempre; que os brasileiros tenham dinheiro (ou crédito) para comprarem o que quiserem. Mas se, em vez de carros, a indústria fabricasse mais bicicletas; prefeituras construíssem ciclovias; e os consumidores preferissem as duas rodas (sem motor)... Aí, sim, teríamos muito para comemorar.
PENSAMENTO ECONÔMICO
“Comida é a única coisa na experiência humana que pode, ao mesmo tempo, abrir nossos sentidos e nossa consciência sobre nosso lugar no mundo.”
>> O Pensamento Econômico abre espaço para a lição de Alice Waters, chefe de cozinha autora do best seller A Arte da Comida Simples. A ideia é mostrar que os novos tempos exigem a consciência de que é nossa a responsabilidade de acabar com o maior apartheid social: a escassez e má distribuição de comida.
ECONOMIA REAL
SANEAR AO CUBO
O presidente da Cagece, Henrique Lima (na foto de Georgia Santiago), afirmou à Coluna que os recursos já captados pela estatal de água e esgoto do Ceará são o equivalente a “três Sanear”. Ele explica que a Cagece possui diversos programas de esgotamento sanitário e os recursos vêm de diversas fontes. Alguns poucos são “a fundo perdido”, como Funasa. Mas a maioria, “maioria mesmo”, são empréstimos que a Cagece faz e precisa prestar contas depois.
> Ao todo, a empresa contabiliza 16 programas (incluindo subprogramas) de implantação de saneamento (água e esgoto). Entre eles, é que está o Sanear II. Desde 2007 e até 2012, a Cagece pretende aplicar cerca de R$ 840 milhões. Apenas R$ 185,9 milhões são do Sanear. O restante está dividido entre Alvorada, PAC, KFW, Pró-saneamento e outros programas.
> Segundo Henrique Lima, a Cagece está investindo este ano, só em Fortaleza, cerca de R$ 150 milhões. O valor aproxima-se do recorde histórico da empresa para todo o Estado.
SOBRE FUSÕES
O deputado e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, é um dos defensores da modernização dos processos de concorrência. É relator do projeto de lei que propõe a reestruturação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). E, em tempos de tantas e tamanhas fusões, é bom que todos estejamos atentos para as condições em que a concorrência se dá (ou não se dá!). “As propostas para a reestruturação do Cade vêm modernizar as ferramentas para proteção da concorrência. É um sistema admirável até se comparado ao de outros países e, principalmente, resguarda o consumidor porque inverte a lógica atual. Pela proposta, os atos que podem provocar concentração do mercado devem ser comunicados aos órgãos de defesa da concorrência antes da conclusão do negócio. Atualmente, esse aviso ocorre somente após a conclusão das fusões”, disse Gomes.

ECONOMIA

A física, a economia e a crise financeira internacional
Alexandre Cialdine-Jornal O Povo 04/07/2009

Albert Einstein escreveu que “a ciência não é nada mais que o refinamento do pensamento cotidiano”. A economia, assim, como a física, é considerada ciência, pois ambas se utilizam do método científico, ou seja, regras pré-definidas para o desenvolvimento de uma pesquisa. A física, por exemplo, tem como observação os fenômenos físicos da natureza, já a economia, como toda ciência social, não pode desviar seu foco da sociedade em seu campo de estudo. As ciências se desenvolvem por meio do método cientifico que é composto por cinco fases: 1) observação de um fato social, fase em que são detectados os problemas; 2) formulação de hipóteses, possíveis respostas; 3) argumentação, com a busca de conhecimentos nas diversas áreas e autoridades, 4) estabelecimento de uma tese, ou seja, comprovação de uma hipótese, 5) teoria, conjunto de teses que explica um fato. Isaac Newton, no século XVII, desenvolveu a teoria da gravidade, a partir do momento em que viu uma maçã cair de uma árvore, fundamentando que a teoria não servia só para maça, mas para qualquer tipo de objeto. Essa teoria, que mesmo depois de ter sido refutada por Einstein, foi tão bem-sucedida que ainda é ensinada nos cursos de física.
Assim também uma teoria ganha adeptos na economia e em outras ciências e se perpetua no tempo. Todavia, embora os economistas, como os demais cientistas, utilizam a teoria como referência para a solução dos problemas, eles enfrentam um empecilho que se transforma em desafio contínuo. Na física, como ciência pura, pode-se testar as hipóteses, dentro de um laboratório, mediante controle de temperatura, pressão e gravidade visando melhor o desempenho ou criando algo completamente novo. Na economia, as hipóteses também são elaboradas objetivando facilitar a compreensão das relações sociais dos indivíduos, a partir da observação da sociedade, pois, estuda a produção, distribuição e, consumo de bens e serviços.
A crise financeira internacional que, felizmente o Brasil está em processo de superação, serve para que os economistas de mercado se “embriaguem” menos e observem mais seu laboratório, ou seja, a sociedade. De forma que uma tese que embasa uma teoria seja sempre refutada e provoque alterações ou novas teorias, pois recorrentemente o mundo real não tem se conformado com resultados preditivos e, algumas previsões econômicas diante de uma crise e logo caem por terra. O excepcional Alfred Marshall, que era matemático, físico e economista dizia que a explicação cientifica é apenas uma “previsão escrita de trás para frente”, mas a proposição inversa é falsa: a previsão não é necessariamente explicação escrita para frente.
Não há e nunca haverá uma única verdade, por isso, não há uma teoria absoluta, as visões funcionalistas baseadas no método empírico, que retiram da experiência sua observação, voltadas para o conhecimento lógico-dedutivo, que parte do maior para o menor, como no “Boicote de Comte” falham completamente na sua argumentação e comprometem suas teses, pois não admitem que a economia deva fazer uso do conhecimento histórico-indutivo, que parte da observação ao seu redor, do fato social local e seu desenvolvimento, como bem alertava Celso Furtado.
E, a atual crise financeira demonstra isso, pois parte dos economistas que sempre aturaram na linha de mercado e que não se preocuparam com a sociedade, inebriados por seus interesses particularizados ou corporativos, inerentes ao sistema capitalista, não perceberam que o problema não estava na circulação de papéis, nos grandes centros comerciais ou nas grandes Bolsas de Investimentos, mas no comportamento desenfreado das pessoas de trocar a certeza de um patrimônio imóvel pelo recebimento de valores estimados pelo mercado (ou seja, pela dedução de que o imóvel no próximo mês valeria mais X por cento do que neste, portanto, cobriria o valor já financiado). Assim, tal expectativa de valoração do imóvel, contínua, fez com que as pessoas se despreocupassem de adquirir dinheiro por outro meio, porque bastava apresentar a escritura de seu imóvel, mesmo financiado em um banco para obter um crédito pré-aprovado, assim utilizavam hipotecas parciais para pagamento de outras dívidas e consumiam outros bens.
Mas, justiça se faça aos que estavam no epicentro da crise financeira, que estavam no meio acadêmico não se deixaram ludibriar pelas expectativas irracionais, Paul Krugman, Joseph Stigletz, Nouriel Roubini e seu orientador Jeffrey Sachs foram economistas conhecidos, em âmbito internacional e ligados à academia, já vinham alertando anos antes sobre os diversos problemas da “bolha imobiliária”.
Entretanto, nomes não muito conhecidos aqui já tinham publicações e análises consistentes, que consideravam de grande risco o crédito hipotecário imobiliário praticado de forma mais abrangente nos EUA.
E, para não deixar de falar de índices, os economistas Karl Case (Wellesley College) e Robert Schiller (Yale University) criaram um índice para medir o desempenho do mercado imobiliário norte-americano. O índice, denominado Case-Schiller, vinha se mantendo estável desde 1987 e começou a disparar a partir de 2000. No pico da especulação imobiliária em 2006, chegou a triplicar de valor. Para se ter uma idéia de 1997 a 2006 houve uma forte valorização dos imóveis residenciais americanos, onde os aumentos reais atingiram 85%, sendo que, no ano de 2005, no auge do processo, esse percentual chegou a 15%. Foi o maior boom imobiliário nos EUA em mais de 50 anos.
Assim, a crise, que tem sido superada, traz mais uma vez a necessidade de se rever a metodologia e os critérios de aceitação e rejeição dos programas de investigação, fixando padrões que contribuam a distinguir o trigo do joio, afora, a evidente necessidade de um estado que regule o capital olhando para os fatores sociais e locais existentes. Pois de nada adiantou o sistema defendido pelo capitalismo norte-americano de auto-regulação do mercado, haja vista que o capital independente teve e está ainda se socorrendo da mediação estatal para que não ocorra um colapso.
Alexandre Cialdini é Secretário de Finanças de Fortaleza

quinta-feira, 2 de julho de 2009

DÓLARxREAL

Cotação
Entenda a desvalorização do dólar no Brasil


Cotação da moeda norte-americana ante o real caiu 15,70% no 2º trimestre deste ano, maior queda da história

O dólar registrou no segundo trimestre de 2009 a maior desvalorização ante o real desde o início do regime de câmbio flutuante no Brasil, em 1999. Segundo dados da consultoria Economática, a cotação da moeda norte-americana caiu 15,70% entre abril e junho deste ano. Os dados se referem à cotação de venda para a Ptax, taxa média das cotações ponderada pelo Banco Central. Em 1º de abril, a moeda era cotada por R$ 2,2899. No pregão de terça-feira, fechou em R$ 1,9516. A maior desvalorização antes deste trimestre havia sido no segundo trimestre de 2003, quando o dólar caiu 14,35% no período. No 1º semestre deste ano, a Ptax registrou desvalorização de 16,49%, a terceira maior queda anual desde 1999, perdendo apenas para os anos de 2003 (18,23%) e 2007 (17,15%).
Veja algumas perguntas sobre os motivos da valorização do real e seu impacto na economia brasileira:

Por que o real tem se valorizado tanto?

Segundo o sócio-diretor da consultoria BMI BankRisk Management, Antônio Dirceu Miranda, o dólar vem se desvalorizando em todo o mundo, como consequência da política monetária do governo norte-americano, que é uma política de alto endividamento. "O dólar está caindo porque houve muita emissão nos últimos anos, seja em forma de dívida, seja em forma de moeda." Também há fatores específicos na economia brasileira que ajudam na valorização do real, entre eles o aumento das exportações e dos preços das commodities, que vem puxando para cima o saldo da balança comercial. Dados mostram que o saldo comercial brasileiro em junho ficou em US$ 4,625 bilhões, o maior desde dezembro de 2006. Além disso, o fluxo de dólares para o Brasil reverteu a tendência de queda a partir de março, como resultado do saldo positivo na balança e da retomada de investimentos no mercado brasileiro, principalmente em ações. Com a entrada maior de dólares no País, a oferta da moeda aumenta no mercado e a tendência da taxa de câmbio é cair. O fluxo positivo nos últimos meses mostra uma volta do capital estrangeiro ao País, após uma saída em massa causada pela aversão ao risco trazida pelo agravamento da crise financeira, em setembro de 2008. Naquela época, investidores estrangeiros que aplicavam em bolsa e títulos do governo no Brasil passaram a enviar dólares para o exterior porque precisavam do dinheiro para cobrir débitos fora do País. Há ainda uma percepção de que o País sofreu menos com os efeitos da turbulência mundial, o que atrai investimentos para o mercado local. "O Brasil hoje atrai capital porque estamos com uma competitividade relativamente boa no comércio internacional", diz Miranda.

A valorização do real é sustentável?

Analistas afirmam que a valorização está sujeita a volatilidade, mas é sustentável e deverá se manter até o fim do ano. A previsão é de que entre mais capital no mercado brasileiro, com reforço da balança comercial, e o real se valorize mais ainda. A expectativa dos economistas consultados pela BBC Brasil é de que o dólar chegue ao fim de 2009 com cotação em torno de R$ 2,00. Para Miranda, dificilmente a tendência de queda da moeda norte-americana no Brasil será revertida até o fim do ano. "A previsão é chegar a patamares até menores, podendo bater R$ 1,85 ou R$ 1,80", afirma o sócio da BMI BankRisk Management.

Quem ganha e quem perde com a cotação mais baixa?

A oscilação do câmbio afeta diretamente as empresas que atuam no mercado internacional. Como têm receita em moeda estrangeira, as empresas exportadoras são prejudicadas pela valorização do real frente ao dólar. No entanto, a cotação atual do dólar ainda é maior do que no início de agosto de 2008, quando a moeda americana estava cotada abaixo de R$ 1,60. Mesmo naquela época, diz André Sacconato, não houve déficit nas exportações. Para as importadoras, a valorização do real é positiva, já que essas empresas têm seus custos calculados em dólar. Além disso, a alta do real também reduz as dívidas das empresas, que são calculadas em dólar. No caso dos consumidores, a valorização do real é positiva porque provoca um alívio na inflação e, consequentemente, redução nos preços. Muitos produtos, como alimentos ou eletroeletrônicos, têm preços ditados pelo mercado internacional. Com o real mais forte, a tendência é de que esses preços fiquem mais baixos.

Quais as consequências para a economia brasileira de maneira geral?

Analistas afirmam que a valorização do real frente ao dólar é o resultado de um processo positivo para a economia brasileira, sinal de que está no rumo correto. Além disso, a queda do dólar pode ter impactos positivos sobre a inflação. Como muitos dos produtos consumidos no Brasil têm seu preço influenciado pela moeda americana, eles ficam mais baratos com a valorização do real frente ao dólar, o que reduz a pressão inflacionária. Para o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, o alívio da inflação provocado pela valorização do real frente ao dólar deixa ainda espaço para que o BC continue sua trajetória de cortes na taxa Selic. "Também estimula a atividade econômica. Com os preços de produtos importados mais baixos, os empresários podem investir mais pagando menos", diz Borges. Outro setor beneficiado, por exemplo, é o de turismo, que registra aumento das viagens ao exterior com o real mais valorizado. Segundo o economista Alcides Leite, o dólar em um patamar entre R$ 2,00 e R$ 2,20 é positivo porque é alto o suficiente para tornar os produtos brasileiros competitivos no exterior mas, ao mesmo tempo, não é tão alto a ponto de pressionar a inflação.
Agência Estado

quarta-feira, 1 de julho de 2009

TRABALHADOR EXPLORADO!

Pobres trabalham 91 dias a mais para pagar tributos

Os brasileiros com renda de até dois salários mínimos mensais precisaram trabalhar 197 dias no ano passado para pagar seus impostos. Se recebeu mais de 30 salários mínimos, foram necessários 106 dias para honrar os compromissos com tributos

Um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar novas desonerações tributárias para o setor produtivo, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) divulgou ontem estudo que mostra que os brasileiros mais pobres têm que trabalhar 197 dias do ano para pagar os tributos cobrados por União, Estados e Municípios. É quase o dobro dos 106 dias de esforço exigidos dos brasileiros mais ricos do País, que ganham acima de 30 salários mínimos. Uma diferença de três meses e meio em relação ao esforço dos trabalhadores mais pobres com renda até dois salários mínimos. Segundo o Ipea, os 10% mais pobres do País gastam 33% do que recebem para pagar tributos, enquanto os mais ricos destinam 23% da renda. Com base na carga tributária de 2008, o estudo do Ipea, que é um órgão de pesquisa do Governo Federal, mostra que esse desequilíbrio histórico da economia vem aumentando e está longe de ser resolvido. De 2004 para 2008, o comprometimento da renda com o pagamento de tributos dos brasileiros aumentou mais para os pobres, crescendo a distância que separa dos brasileiros mais ricos. No ano passado, estima o Ipea, as famílias com renda de até dois salários mínimos comprometeram 53,9% de tudo que ganharam com o pagamento de impostos. Em 2004, essas famílias gastavam 48,8%. Um salto de quase cinco pontos percentuais em apenas quatro anos Já para as famílias mais ricas, o peso dos tributos sobre a renda cresceu menos: subiu no período de 26,3% para 29%. Gastos O estudo "Receita Pública: quem paga e como se gasta no Brasil" traz também uma radiografia de como são gastos os tributos recolhidos. A maior parte com o pagamento de juros da dívida da União, Estados e municípios. Os brasileiros gastaram, em 2008, 20,5 dias de trabalho para pagar os juros da dívida pública. Já o programa Bolsa Família custou 1,4 dia. Os brasileiros precisaram de 16,5 dias de trabalho para pagar as aposentadorias e pensões da área urbana. As aposentadorias dos servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário custaram 6,9 dias. Por outro lado, os gastos com Educação e Saúde pesaram menos.
NÚMEROS 32,8 DOS RENDIMENTOS DOS 10% MAIS POBRES NO BRASIL FORAM USADOS PARA O PAGAMENTO DE IMPOSTOS EM 2008 22,7 DA RENDA DOS MAIS RICOS FORAM UTILIZADOS PARA PAGAR TRIBUTOS NO ANO PASSADO 20,5 DIAS DE TRABALHO FORAM GASTOS PELOS BRASILEIROS PARA PAGAR OS JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA 16,5 DIAS FORAM TRABALHADOS PARA PAGAR AS APOSENTADORIAS E PENSÕES DA ÁREA URBANA. JÁ O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA CUSTOU 1,4 DIA
E-MAIS >O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, diz que a diferença na carga de tributos paga em cada faixa de renda se deve à cobrança indireta de tributos. Pelos cálculos, de cada R$ 100 de tributos pagos no País, R$ 42 são indiretos. Os trabalhadores com rendimentos menores são isentos de Imposto de Renda. Mas os tributos são cobrados em todos os itens que consomem, na chamada tributação indireta. Como as alíquotas são as mesmas, independentemente do rendimento de quem compra, elas pesam mais no bolso dos contribuintes com menor renda. >O esforço dos contribuintes de todas as faixas de renda para pagar impostos aumentou nos últimos anos. Isso porque a carga tributária total do País subiu. Em 2008, o Ipea calcula que ela ficou em 36,2% do PIB, ante 32,8% em 2004. O Ipea segue a metodologia do IBGE, diferente da Receita Federal. Portanto, quando o fisco apresentar o cálculo de carga tributária de 2008, este será menor porque não inclui os gastos com FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), por exemplo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

PRORROGADA REDUÇÃO DO IPI

Governo prorroga IPI reduzido de carros, eletrodomésticos e construção

Essa é a segunda renovação do IPI reduzido para automóveis.Imposto menor vale também para eletrodomésticos, construção e pão.


O governo decidiu prorrogar, por mais três meses, o Imposto sobre Produtos Industriais (IPI) reduzido para o setor automobilístico, informou nesta segunda-feira (29) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O benefício para este setor terminaria nesta terça-feira (30).

"Em outubro, novembro e dezembro, volta gradualmente o tributo [IPI de automóveis], até estar totalmente reconstituído no fim do ano", disse Mantega. Para caminhões, o tributo reduzido vale até o fim do ano e, para motocicletas, terá validade por mais três meses.

Além disso, o governo também decidiu manter o IPI baixo para a aquisição dos produtos da chamada "linha branca" pela população, que abrange fogões, máquinas de lavar, geladeiras, até 31 de outubro. Também foi mantido o IPI reduzido de cerca de 30 grupos de materiais de construção até o fim deste ano.

O ministro da Fazenda informou ainda que também foi mantido o PIS e a Cofins, com alíquotas menores, para farinha de trigo e para o pão até o fim de 2010.
Automóveis
A redução do IPI para carros foi autorizada, pela primeira vez, em janeiro deste ano, quando o setor, e também o resto da economia, sentia mais fortemente os efeitos da crise financeira. Em março, foi autorizada a primeira prorrogação do imposto reduzido. Com a medida, o governo deixou de arrecadar R$ 1,75 bilhão neste ano.

Para carros populares, de até mil cilindradas, o IPI caiu de 7% para zero e, para automóveis entre mil e duas mil cilindradas movidos à gasolina, recuou de 13% para 6,5%. Para carros flex (bicombustível) e movidos à álcool, o imposto caiu de 11% para 5,5%. Entretanto, não houve alteração para veículos com mais de duas mil cilindradas.
Eletrodomésticos
A redução do IPI para os eletrodomésticos da chamada "linha branca" foi anunciado pelo governo em 17 de abril, com validade de três meses, ou seja, até 17 de julho. Com a medida, o IPI das geladeiras caiu de 15% para 5%, o de fogões recuou de 5% para zero, enquanto o de máquinas de lavar foi diminuído de 20% para 10%. A alíquota de IPI para tanquinhos, por sua vez, caiu de 10% para zero. A expectativa do governo era de que o imposto reduzido, para este setor, representasse cerca de R$ 250 milhões a menos durante os três meses de vigência (até 17 de julho).
Materiais de construção
Em março deste ano, o governo anunciou a redução do IPI para mais de 20 grupos de produtos de materiais de construção, como revestimentos, tintas e cimento, entre outros. Em abril, porém, o governo incluiu novos grupos de produtos na lista de itens com IPI reduzido, como como telhas de aço, impermeabilizantes, revestimentos cerâmicos, cadeados e registros de gavetas, entre outros.

terça-feira, 23 de junho de 2009

PT - Partido dos Trabalhadores - Crise não marcará o fim do capitalismo, afirma Emir Sader

PT - Partido dos Trabalhadores - Crise não marcará o fim do capitalismo, afirma Emir Sader

ENERGIA EÓLICA

Estudo aponta que energia eólica é suficiente para o Mundo
O vento pode suprir as necessidades energéticas do mundo, segundo estudo publicado nestaterça, 23, na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)". A notícia é um bom presságio para os defensores das fontes limpas de energia. A matriz eólica, como a solar, suscita esperanças na luta contra o aquecimento global. No Brasil, se os cálculos do estudo estiverem certos, só os aerogeradores terrestres produziriam, no mínimo, cerca de 14 vezes a eletricidade consumida no País. Para os aerogeradores marítimos, a proporção seria de cerca de três vezes as necessidades brasileiras. Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e do Centro de Pesquisa Técnica VTT, da Finlândia, determinaram a energia que poderia ser produzida em cada turbina eólica com base na velocidade local do vento, na densidade do ar, no possível espaçamento dos aerogeradores e no tamanho das hélices. Os cientistas também consideraram áreas no mar. Os aerogeradores implantados em terra firme conseguiriam produzir o equivalente a 40 vezes o consumo mundial de eletricidade e cerca de cinco vezes o consumo de energia em todas as suas formas. Nos Estados Unidos, por exemplo, seria possível produzir 16 vezes o consumo atual de eletricidade do país. Um dos autores do estudo, Michael McElroy, da Universidade Harvard, considera essencial um esforço global para viabilizar o uso da energia eólica em todo o mundo. ?Também seria necessário reformar o sistema de distribuição de eletricidade atual?, aponta McElroy. O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ênio Bueno, especialista em energia eólica, pondera que o estudo leva em conta apenas o potencial de aproveitamento dos ventos para geração de energia. ?Seria preciso considerar também a viabilidade técnica em cada local e a viabilidade financeira?, aponta. ?Isso reduz muito a previsão dos pesquisadores.? Estudo dos técnicos do Inpe, em janeiro, mostra que os ventos brasileiros podem atender mais de 60% do consumo nacional de energia de forma competitiva. Com o barateamento progressivo da tecnologia, o porcentual deve aumentar. Atualmente, menos de 1% da energia consumida no país é gerada por vento.
Agência Estado

sábado, 20 de junho de 2009

PT - Partido dos Trabalhadores - Crise mundial não é apenas financeira, mas também energética e alimentar, diz analista

PT - Partido dos Trabalhadores - Crise mundial não é apenas financeira, mas também energética e alimentar, diz analista

ELETRIFICAÇÃO RURAL

Artigo
Luz para todos os brasileiros
Luiz Inácio Lula da Silva
-Jornal O Povo - 20/06/2009
Amanhã, segunda-feira, será um dia iluminado para todos nós. Com a inauguração de mais 39 ligações de eletricidade, no Assentamento Robson Vieira, no município de Congonhinhas, Paraná, estaremos ultrapassando a marca de 2 milhões de ligações do programa Luz para Todos, que estão beneficiando nada menos que 10 milhões de brasileiros. A eletricidade é hoje em dia algo tão indispensável e corriqueiro nas atividades humanas, tanto no trabalho quanto no lazer, que pouca gente se dá conta de quanto dependemos dela. Quem ilumina a casa com o simples gesto de acionar o interruptor, ou coloca seus aparelhos elétricos ou eletrônicos para funcionar, às vezes não se dá conta do que é viver sem este conforto básico da modernidade. Mas pode imaginar o que isso significa. Basta lembrar um dia em que estava assistindo à televisão, depois de uma jornada fatigante de trabalho e, de repente, a casa mergulhou na escuridão. O programa foi interrompido pelo meio e também não foi possível ler um livro, tomar um banho quente, passar a roupa, ligar o computador ou conservar os alimentos e tomar uma água gelada. Mas, até 1879, quando Thomas Edson inventou a lâmpada incandescente, para ter iluminação era necessário utilizar lenha ou carvão, velas, lamparinas, lampiões, tochas etc. Milhões de brasileiros, até recentemente, ainda viviam nessas mesmas condições. Nós estamos trazendo essa parcela significativa da população do século 19 para o século 21. Os programas de eletrificação de governos anteriores não tiveram sucesso porque se exigia que os moradores também contribuíssem com parte dos custos das instalações. Descobrimos que 90% da população do meio rural, que viviam sem energia elétrica, tinham renda familiar inferior a três salários mínimos. Decidimos então que as obras de extensão das linhas até as moradias seriam gratuitas para as famílias. A União passou a arcar com 72% dos custos e o restante ficou a cargo dos governos estaduais e das empresas de energia elétrica. Mas o nosso objetivo não se limitou apenas à iluminação das casas. Proporcionamos também os meios para que as famílias passassem a utilizar a energia na produção, aumentando seus rendimentos. O uso de equipamentos elétricos facilita o trabalho no campo e permite que muitos saiam da cultura de subsistência para a comercialização dos excedentes. Moinhos, fábricas de fundo de quintal, processadores de farinha de mandioca estão multiplicando a produção. Outros resultados extraordinários para essas comunidades longínquas: o acesso à comunicação, escolas com aulas noturnas, postos de saúde com refrigeradores para armazenar vacinas e outros medicamentos. Pesquisa encomendada pelo Ministério das Minas e Energia constatou que, com o Luz para Todos, houve uma verdadeira revolução nas comunidades atendidas. Para 36% dos beneficiados, a renda familiar cresceu e para 89%, a qualidade de vida melhorou. Outra constatação da maior significação: 41% passaram a desempenhar atividades escolares no período noturno. Aparelhos que antes não eram adquiridos passaram a fazer parte do dia-a-dia das casas. 78% das famílias adquiriram televisores, um total de 1.570.000 aparelhos; 73% (1.462.000 famílias) compraram geladeiras; e 44,7% do total (894.000 famílias) agora têm aparelhos de som. O sucesso do programa é inquestionável. A meta de 2 milhões de famílias, estabelecida em 2003, com base no déficit de energia apontado pelo censo demográfico do IBGE, foi ultrapassada. Nos trabalhos de campo, no entanto, detectamos que a demanda por energia era maior, de cerca de 3 milhões de famílias. Com isso, estamos estendendo o programa, de maneira a atender mais um milhão de famílias de agora até o final de 2010. Nosso objetivo é levar luz para todos os brasileiros. Mas os resultados obtidos até agora já superaram as nossas expectativas. Houve desdobramentos que não havíamos previsto, como o retorno de nada menos que 96 mil famílias para o campo depois da chegada da energia elétrica. Com os benefícios proporcionados, a zona rural progrediu e diminuiu seu isolamento do resto do País, passando a atrair famílias que antes haviam migrado para os grandes centros urbanos. Por essas e várias outras razões, o Luz para Todos tornou-se um dos programas de inclusão social mais bem-sucedidos do nosso governo. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA - Presidente da República Federativa do Brasil

FOME NO MUNDO

Dossiê
Desnutridos superam 1 bilhão

O número, divulgado pela FAO, ultrapassa em quase 100 milhões o do ano passado e equivale a uma sexta parte da população mundial. A entidade lembrou que, neste ano, houve quase um recorde da colheita de grãos, porém há falta de acesso dos famintos à comida. A crise econômica mundial piorou o quadro em todo o mundo
A barreira de um bilhão de pessoas que sofrem desnutrição será superada este ano: chegará a 1,02 bilhão, em consequência da crise econômica mundial. Foi o que anunciou ontem a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em um relatório sobre segurança nutricional mundial. A entidade define como subnutrida a pessoa que ingere menos de 1.800 calorias por dia. O número supera em quase 100 milhões o do ano passado e equivale a uma sexta parte aproximadamente da população mundial, destacou a agência sediada em Roma. O diretor da Divisão de Desenvolvimento Econômico e Agrícola da FAO, o grego Kostas G. Stamoulis, disse que “neste ano, temos quase um recorde da colheita de grãos, então não há falta de comida, há falta de acesso”. As estimativas são baseadas em um estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Quase 53 milhões de pessoas sofrerão fome em 2009 na América Latina e Caribe. O número chega a 642 milhões na Ásia-Pacífico, 265 milhões na África Subsaariana, 42 milhões no Oriente Médio e África do Norte e 15 milhões nos países em desenvolvimento. O número de subnutridos no mundo passou de 825 milhões, no período de 1995 a 1997, a 873 milhões, entre 2004 e 2006. Em 2008, o total havia caído de 963 milhões para 915 milhões, por uma melhor distribuição dos alimentos, mas a tendência se reverteu com o agravamento da crise econômica do fim do ano. Para a FAO, o objetivo fixado em 1996 na Cúpula Mundial sobre a Alimentação, de reduzir à metade o número de pessoas com fome, não será alcançado. A meta foi ratificada, no entanto, com o compromisso de ser atingida em 2015, em uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em junho de 2008. As estimativas da FAO foram publicadas três semanas antes da reunião de cúpula dos chefes de Estado e de governo do Grupo dos Oito (G8), os sete países mais ricos do mundo e a Rússia, na cidade italiana de Áquila, de 8 a 10 de julho. Na América Latina e Caribe, a única região que registrou sinais de melhora nos últimos anos, também foi comprovado um aumento (12,8%) do número de desnutridos. (da Folhapress)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

PISO NACIONAL DO PROFESSOR

Piso salarial dos professores sobe para R$ 1.132,40

O piso salarial nacional dos professores, que é questionado no Supremo Tribunal Federal por cinco governos estaduais e enfrenta resistências nas prefeituras, vai subir de R$ 950 para R$ 1.132,40 mensais — aumento de 19,2%, retroativo a janeiro.
Pelo menos é o que está previsto na lei do piso, que contém uma fórmula de reajuste atrelada à elevação do valor mínimo por aluno/ano do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. Diante do imbróglio legal em torno da adoção do piso de R$ 950, professores e parlamentares temem que o valor reajustado venha a ser ignorado por governos estaduais e municipais.
Prova disso é que a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) já fala em promover greve nacional, em abril ou maio, para reivindicar simples a aplicação do piso, com reajuste ou sem. — Vai ser uma guerra para que essa lei vingue — diz o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão. Após a vitória parcial dos governos estaduais no Supremo, no ano passado, deputados e senadores criaram uma frente parlamentar mista em defesa do piso. A coordenadora da frente, deputado Fátima Bezerra (PT-RN). — A expectativa é que o reajuste seja concedido, mas não temos ainda confirmação — diz Fátima. O piso vale para professores que trabalham 40 horas por semana.
Segundo o Ministério da Educação, a lei estabelece que 2009 é ano de transição, ou seja, o valor cheio só deverá ser pago a partir de 2010.
Assim, professores que ganham abaixo do piso devem receber este ano dois terços da diferença entre o que ganhavam antes e o valor mínimo estipulado. A CNTE tem interpretação diferente. Mas a liminar do Supremo, concedida em favor dos governos de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará, considerou válida a interpretação do MEC. Anteontem, o governo publicou no Diário Oficial os novos valores do Fundeb. O custo anual que serve de referência ao piso aumentou 19,2%, de R$ 1.132,34 para R$ 1.350,09.
Atendendo a pedidos de governadores, o governo federal enviou ao Congresso projeto que atrela o piso salarial ao INPC. A proposta está na Câmara. Se estivesse valendo, significaria um reajuste bem menor: 6,4%.
(Matéria publicada no jornal "O Globo"em 13/03/2009)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

ARTIGO DE DELFIN NETO PARA A FOLHA

Vale a pena ler o artigo do ex-ministro Delfim Neto publicado na edição de hoje (03/06/2009) da Folha de São Paulo. Nele, o articulista desvenda um pouco sobre como se formam as ondas de negativismo que estamos vivendo hoje a partir de análises do passado que já não refletem a realidade do cidadão comum atualmente.
Aos interessados: “Há muitos anos sabemos que o ‘homem comum’, com o qual tem de lidar a política econômica, é um ser gregário, altruísta, mais emocional e menos racional do que o frio e calculista ‘homem econômico’. Este é uma conveniente máquina individualista e egoísta, que maximiza seus benefícios e minimiza seus sacrifícios, com a qual a profissão às vezes se diverte na tentativa de entender como funciona o sistema econômico.
Sendo assim, a reação de cada agente econômico às novas informações depende não apenas do seu entendimento mas também do entendimento e da reação dos outros. Cria-se uma espécie de rede informal e invisível que ‘coordena’ a resposta coletiva. É por isso que existem ‘ondas’ de ‘otimismo’ ou ‘pessimismo’ e o comportamento da sociedade ou é de ‘rebanho’ (quando há certeza sobre o futuro) ou de ‘manada’ (quando o nível de incerteza cresce).
Isso mostra a importância de prevenir os agentes econômicos sobre o significado real da informação, de forma que possam sempre relativizá-la dentro do contexto e evitar a resposta exagerada. Para dar um exemplo, tomemos as possíveis informações sobre o comportamento do nosso PIB em 2009.
Costuma-se medir a evolução do PIB comparando crescimento anual entre o mesmo trimestre de dois anos consecutivos, o que evita a influência das variações estacionais. Entre o terceiro trimestre de 2007 e o de 2008, o crescimento anual do PIB foi de 6,8%. Na comparação entre os quartos trimestres, ele caiu dramaticamente para 1,3%. O crescimento anual 2008/ 07 ainda foi de 5,1%. A crise que importamos em setembro de 2008 começa a dar sinais de ceder no início do terceiro trimestre de 2009. As notícias que teremos no futuro sobre o PIB serão dramáticas, mas estarão refletindo apenas o que já aconteceu.
Suponhamos (não é uma ‘previsão’, mas uma simples hipótese): a) que o PIB do 1º trimestre de 2009 tenha sido 2% inferior ao do 4º trimestre de 2008; b) que no segundo trimestre tenha se mantido no mesmo nível e c) que a partir do 3º trimestre ele cresça, sobre o trimestre anterior, 1% até o fim de 2010. O que revelariam as estatísticas do IBGE? Os números seguintes do crescimento anual de trimestre/trimestre: 1º trimestre 2009/08, -2,4%; 2º trimestre, -3,9%; 3º trimestre, -4,6% e 4º trimestre, zero. O crescimento anual 2009/08 seria de -2,7%. A boa notícia é que em 2010 ele seria de 3,8%. O ponto importante a destacar é que, quando a dramática ‘nova’ informação do 3º trimestre (queda de 4,6%) for feita, em janeiro de 2010 pelo IBGE, o PIB brasileiro já estaria crescendo 3¨%”

quinta-feira, 28 de maio de 2009

ARRECADAÇÕES PALESTRINAS

Palmeiras lucra com bilheterias na Libertadores

A Copa Libertadores não é apenas obsessão do elenco palmeirense. A diretoria também esfrega as mãos com a renda proporcionada pelo torneio. Em apenas cinco jogos no Palestra Itália na competição, mais de R$ 4,5 milhões de renda bruta entraram nos cofres do Palmeiras. O valor corresponde a mais da metade do dinheiro com bilheteria arrecadado nas 15 partidas em casa em 2009: R$ 8.249.804,27. Ou seja, cinco jogos valeram mais do que os outros dez. "A Libertadores tem um excesso de demanda. Se nós tivéssemos 50 mil lugares, todos ingressos seriam vendidos", afirmou o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, explicando o preço cobrado por ingressos no torneio.
O bilhete mais barato na Copa sai por R$ 50, na arquibancada. O mais caro, de cadeira coberta, custa R$ 150. Se o Palmeiras eliminar o Nacional, os ingressos podem aumentar no confronto da semifinal. "Em todo lugar do mundo, um torneio com mais demanda de público é assim", comentou Belluzzo. O dinheiro que entrou na Libertadores de 2009 já corresponde a um valor maior do que Brasileiros inteiros. A renda do Palestra em toda competição em 2004, 2005 e 2006 foi menor.
É claro que isso tem a ver com reajustes normais e épocas diferentes. Mas também demonstra uma necessidade de adequar as receitas.
"A bilheteria era muito pequena enquanto as receitas do futebol cresciam muito. Não dá para mantermos o elenco com uma arrecadação pífia" destacou Belluzzo. Na última quarta-feira, o presidente teve uma reunião com torcedores do Palmeiras para baixar o preço, no Brasileiro (arquibancada custa R$ 40). "No caso do Brasileiro, isso é possível", afirmou o presidente. A redução, porém, não será drástica. O Palmeiras sabe que é importante ter uma boa bilheteria. Em 2007, a arrecadação total no Palestra foi de cerca de R$ 6,7 milhões. No ano passado, subiu para R$ 14 milhões. É a realidade do futebol.
Lancepress!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

FINANCIAMENTO DO CARRO ZERO

Bradesco amplia a 80 meses prazo para financiar veículo
Outra alteração diz respeito às taxas de juros. Correntistas do Bradesco pagarão a taxa mínima de 1,2% ao mês, ante 1,52% ao mês praticada anteriormente
O Bradesco ampliou de 60 para 80 meses o prazo máximo de financiamento de veículos zero quilômetro. A alteração segue movimento já registrado em outras instituições financeiras de grande porte. Nas duas últimas semanas, o Santander e Itaú Unibanco anunciaram que o número máximo de prestações mensais passou de 60 para 72 meses. "O momento atual nos dá conforto para trabalhar com esses prazos", afirmou à Agência Estado o diretor executivo do Bradesco, Ademir Cossiello. A instituição pede uma entrada mínima de 20%. Outra alteração diz respeito às taxas de juros. Correntistas do Bradesco pagarão a taxa mínima de 1,2% ao mês, ante 1,52% ao mês praticada anteriormente. Para os demais clientes, como aqueles que irão financiar o veículo em concessionárias parceiras da financeira Finasa, a taxa poderá ser outra. De acordo com Cossiello, a ampliação dos prazos foi possível porque há indicações de que a taxa de desemprego deixará de crescer e, com isso, a inadimplência tende a ser mais controlável. "A inadimplência está ligada ao nível de emprego e renda e à atividade econômica. O Brasil já apresenta sinais de retomada", afirmou. As novas condições, segundo o executivo, farão com que a prestação fique até 18% mais barata, o que possibilitará que mais pessoas acessem esse crédito. Com isso, o Bradesco acredita que a carteira de veículos irá crescer 5% ao mês, ante os 3% mensais registrados até agora este ano. Segundo Cossiello, aos poucos, a redução de juros e menor percepção de risco começam a ser repassadas para todas as linhas de financiamento do Bradesco. "Toda cadeia produtiva está sendo atendida." Para ele, os empresários estão mais otimistas e retomam os planos de investimento.
Agência Estado


PREMIAÇÃO DA LIGA DOS CAMPEÕES DA UEFA 2009

O vencedor do confronto desta quarta-feira entre Barcelona e Manchester United pela final da Copa dos Campeões, em Roma, pode ganhar mais de 110 milhões de euros (cerca de R$ 300 milhões), segundo um estudo da MasterCard.
A equipe vice-campeã levará 65 milhões de euros (cerca de R$ 180 milhões) em lucros derivados da imagem dos jogadores, do prêmio em dinheiro, dos patrocínios, da publicidade em mídias audiovisuais e da venda de ingressos.
Além disso, o estudo calcula que o jogo movimentará mais de 310 milhões de euros (cerca de R$ 865 milhões) na economia européia.
Os lucros se dividem da seguinte forma: 110 milhões de euros (cerca de R$ 300 milhões) para o vencedor, 65 milhões (cerca de R$ 180 milhões) para o segundo, 45 milhões (cerca de R$ 125 milhões) para a cidade onde a partida será disputada (Roma), 15 milhões (cerca de R$ 42 milhões) para a cidade da equipe vencedora e 75 milhões (cerca de R$ 210 milhões) para o resto da Europa.
Segundo a MasterCard, esses dados superam os números da final da Copa dos Campeões em 2008 - 267 milhões de euros (cerca de R$ 750 milhões) - porque foi criada uma nova comunidade de fãs de futebol que buscam no esporte uma válvula de escape frente ao pessimismo associado à crise econômica mundial.
Desta forma, o jogo de hoje representa um impulso econômico para a Europa e especialmente para Roma que, no curto prazo, obterá um maior fluxo de comércio em bares, lojas, hotéis, atrações turísticas e, a longo prazo, se beneficiará de um maior fluxo turístico e de uma maior possibilidade de receber outros grandes eventos.
Já a cidade da equipe vencedora também pode ganhar um reforço na reputação e na imagem, o que levará a um aumento do turismo e à confiança do público para elevar seu consumo.

domingo, 24 de maio de 2009

CRISE ECONÔMICA MUNDIAL

Para "Economist", emergentes podem sair da crise antes que os EUA

Um artigo na edição mais recente da revista britânica "The Economist" afirma que as grandes economias emergentes, principalmente Brasil, China e Índia, podem se recuperar mais rapidamente da crise econômica do que os Estados Unidos.
A revista defende uma nova tese do "descolamento", teoria defendida no ano passado por alguns analistas que afirmavam que os emergentes estariam mais resistentes a uma recessão nos EUA.
Leia a cobertura completa da crise nos EUAEntenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUAEntenda como a crise financeira global afeta o Brasil
Admitindo que esta tese não se mostrou correta durante a crise, a "Economist" apresenta agora a tese do "descolamento 2.0" ("Decoupling 2.0", que dá nome ao artigo), que, segundo a publicação, seria "um fenômeno mais limitado, restrito a algumas das maiores e menos endividadas economias emergentes."
"Mesmo se a economia americana continuar fraca, há sinais de que as algumas das maiores economias emergentes podem ter uma recuperação razoável", diz a publicação.
A revista argumenta que esta nova teoria é baseada em dois fatores subestimados: que as grandes economias emergentes seriam menos dependentes dos gastos americanos do que se acredita e por elas terem se provado mais capazes e desejosas de responder à fragilidade econômica.
Como prova desse "novo descolamento", a revista cita o exemplo da China, cuja economia começou a se acelerar novamente nos primeiros quatro meses deste ano.
"Apesar dos debates sobre a precisão dos dados do PIB da China (...) o crescimento este ano pode ser perto de 8%. Este otimismo abasteceu os preços das commodities, o que, por sua vez, melhorou as previsões para o Brasil e outros exportadores de commodities."
Novo descolamento
Segundo a revista, durante a crise, países como o Brasil e a China não foram atingidos apenas pela queda na demanda dos EUA. O que talvez tenha afetado mais essas economias foi o quase colapso dos mercados de crédito globais e os cortes de estoques de companhias "traumatizadas".
Além disso, muitos dos emergentes apertaram sua política monetária para combater a inflação antes da crise, o que fez a demanda doméstica cair ao mesmo tempo em que as exportações entravam em declínio.
"Mas os choques globais estão se acalmando agora. Empresas não podem reduzir estoques para sempre. O pânico dos investidores está recuando, o que faz os mercados de crédito começarem a funcionar. Isto pode não ser o suficiente para estimular uma recuperação vibrante nos EUA (...) mas remove um obstáculo para as grande economias emergentes, que soltaram as rédeas fiscais e monetárias", diz a revista, citando os pacotes de estímulo da China e os cortes na taxa de juros do Brasil.
Para a Economist, ações como essas por parte dos governos podem fazer as economias se recuperarem mais rapidamente, mas não criam uma resistência de longo prazo.
A publicação afirma que, para ter uma recuperação sustentável, a China deve substituir mais investimentos estatais por consumo privado e outros países, como a Índia, devem administrar melhor as finanças do governo.
"A ideia do descolamento continua viva, mas isso não significa que a prosperidade sustentável nas grandes economias emergentes seja uma conclusão necessária", diz a publicação.

Globoesporte.com > Futebol - NOTÍCIAS - Pelo terceiro ano seguido, São Paulo tem a maior receita entre clubes brasileiros

Globoesporte.com > Futebol - NOTÍCIAS - Pelo terceiro ano seguido, São Paulo tem a maior receita entre clubes brasileiros

sábado, 23 de maio de 2009

OS MAIS RICOS DO FUTEBOL MUNDIAL

Real lidera lista dos mais ricos do mundo
Manchester United vem em segundo, seguido do Barcelona; City é o 20º

O Real Madrid apareceu no topo da lista dos 20 clubes mais ricos do mundo, que foi elaborada pela empresa de auditoria Deloitte. A força do euro em relação à libra beneficiou o clube da capital espanhola, que é seguido pelo Manchester United na relação. Os ingleses, no entanto, vão divulgar em breve um recorde de receita e um aumento de 21% em sua renda.
O Barcelona aparece em terceiro lugar, seguido pelo Bayern de Munique, que subiu quatro posições em relação ao último ranking. Os alemães ultrapassaram até o Chelsea, propriedade do magnata russo Roman Abramovich e que aparece em quinto.
Dan Jones, membro do departamento de esporte da empresa, disse à agência britânica "Press Association" que o sucesso do United na última temporada contribuiu para sua renda, mas a melhor situação do euro frente à libra fez com que os ingleses permanecessem na segunda posição do ranking
- Os títulos (Inglês e da Liga dos Campeões) serviram para aumentar sua renda de forma significativa, mas a depreciação da libra contra o euro fez com que eles continuassem em segundo lugar - disse.
O Manchester City, que tentou tirar o brasileiro Kaká do Milan, aparece em 20º lugar. Em 2008, o clube foi adquirido por um grupo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos e vem tentando formar uma equipe de estrelas. Até o momento, a única contratação de peso foi a do atacante Robinho.

LISTA DOS CLUBES MAIS RICOS DO FUTEBOL MUNDIAL

Real Madrid é o clube mais rico do mundo
2009-02-12
O clube de Madrid continua a ser a equipa de futebol que gera mais receitas a nível mundial, segundo o último relatório divulgado, esta quinta-feira, pela consultora Deloitte
A desvalorização da libra face ao euro contribuiu para que o Real Madrid ultrapassasse, pelo quarto ano consecutivo, os clubes ingleses.
O Manchester United aparece na segunda posição e o Barcelona na terceira. Os três clubes do pódio arrecadam receitas anuais superiores a 300 milhões de euros.
O Bayern de Munique subiu três lugares e está agora na quarta posição (295 milhões de euros). Quem desceu um lugar foi o Chelsea, situando-se agora na quinta posição, com receitas a rondarem os 269 milhões.
Nas posições mais baixas encontram-se três clubes que se estreiam na lista dos clubes mais ricos do mundo. A equipa alemã do Estugarda, os turcos do Fenerbahce e o clube inglês Manchester City. Os três clubes juntos não conseguem gerar dinheiro suficiente para ultrapassar o Real Madrid
Na lista dos 20 clubes mais ricos do mundo não figura nenhuma equipa portuguesa.

Deloitte Football Money League - Receitas da época de 2007/08

Clube Receitas (milhões de euros)
Real Madrid 365,8
Mancester United 324,8
Barcelona 308,8
Bayer Munich 295,3
Chelsea 268,9
Arsenal 264,4
Liverpool 210,9
AC Milan 209,5
Roma 175,4
Inter de Milão 172,9
Juventus 167,5
Lyon 155,7
Schalke 148,4
Tottenham 145,0
Hamburgo 127,9
Marsellha 126,8
Newcastle 125,6
Estugarda 111,5
Fenerbahce 111,3
Manchester City 104,4
Fonte: Deloitte Football Money League 2009

PT - Partido dos Trabalhadores - Pela primeira vez no Brasil, durante uma crise, número de pobres é reduzido

PT - Partido dos Trabalhadores - Pela primeira vez no Brasil, durante uma crise, número de pobres é reduzido

quinta-feira, 9 de abril de 2009

segunda-feira, 23 de março de 2009